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domingo, 8 de maio de 2011

Era pra ser um festival de cinema...


Ctica

O CinePe conhecido nacionalmente pela sua importância em divulgar trabalhos realizados dentro do cinema brasileiro, em sua 15º edição, não foi o que muitos esperavam. Houve vários atrasos na programação, mudança de última hora e a exibição de alguns filmes cancelados. Todos os motivos poderiam servir como desculpa para que esse festival fosse o fracasso que foi inclusive o da chuva que assolaram a Região Metropolitana do Recife e também o interior de Pernambuco, nos últimos dias, mas não vai ser o suficiente para apagar da memória dos amantes do cinema esse desastre.

Na sexta feira (6), dia do encerramento e da entrega dos prêmios, era pra ser de comemoração dos vencedores, porém foi marcado por protestos. O primeiro a se mobilizar foi o cineasta Leo Falcão que subiu ao palco do Teatro Guararapes para receber o prêmio de melhor diretor da Mostra Pernambuco pelo filme Palavra Plástica, e iniciou a movimentação convidando todos os presentes, que concordavam com a ação, a subirem no palco para participar.

Assim muitos se juntaram a ele, segurando uma faixa que dizia “Menos glamour, mais cinema” e reivindicaram entre outras medidas para que não interrompessem a exibição do filme para dar avisos. Caso que ocorreu na quarta (4) durante o final do curta pernambucano: Calma monga, calma!; pela qual muitas pessoas vaiaram a ação, pedindo que respeitassem os créditos do filme. Até os produtores desse curta se sentiram prejudicados pela atitude dos responsáveis que justificaram o fato, porque “precisariam dar uma aviso de urgência” sobre alerta de chuva na cidade.

Toda a divulgação em cima do festival não passou de mera publicidade, porque o principal faltou de fato “boa exibição e bom filme”, ficando apenas como palavras no vento pronunciadas pela então apresentadora Graça Araújo, que sempre desejava isso antes de dar início as exibições. Creio que a decepção foi geral, mesmo que os organizadores não assumam que a mostra de filmes esse ano, teve sim, uma redução considerável de público, como também, da qualidade dos filmes escolhidos.

Esse festival deixou aquela sensação de que falta algum ingrediente, já que a propaganda deles nas principais rádios foi falando do festival como uma receita de bolo, lembrando os 15 anos que estava realizando. Será que confiamos que o próximo ano será diferente? Espero que com esses erros possa-se reavaliar a estrutura, para que no próximo, os responsáveis estejam mais preparados para as dificuldades que possam surgir. E que venham filmes de qualidade para dar vida a esse evento de tanta importância em Recife, pela grandiosidade que têm esse momento e para valorizar a nossa cultura!